quarta-feira, agosto 30, 2006

Como saber que uma relação duradoura está no fim?


Relações duradouras como o casamento, são aspectos da nossa vida particularmente complexos. As relações podem elevar-nos a um esplendoroso bem-estar ou arrastar-nos para uma vida triste e deprimida sem qualquer significado.

Mas e se a relação estiver num meio termo?

Se numa escala de 1 a 10 a relação estiver a 7? Será que se deve manter na relação ou simplesmente abandoná-la, procurando outra que traga mais satisfação?... Decisão difícil.
Devemos esquecer os prós e os contras, pois teríamos de saber o que nos reserve o futuro para podermos aplicar este método de decisão.

O método ideal implica diagnosticar o verdadeiro estado da relação/casamento. Esta análise permitirá obter a informação essencial para tomar uma decisão inteligente, e ao mesmo tempo permite saber porque se está a tomar essa mesma decisão. Se está numa indecisão, significa que a sua relação está doente. Descobrir a natureza dessa doença é o local de partida mais inteligente.

Para se poder fazer um diagnóstico à relação/casamento, apresento uma série de questões para fazer individualmente:

1. Se Deus ou uma divindade superior lhe dissesse que não havia problema algum se terminasse a sua relação, sentiria que poderia finalmente sair dela? Se a sua religião é a única razão porque ainda mantém uma relação, essa relação já está há muito tempo morta. Deixe as crenças pessoais e acredite na felicidade, deixe a hipocrisia para trás.

2. Consegue satisfazer as suas necessidades na sua relação sem muita dificuldade? Se é necessário demasiado esforço para satisfazer as suas necessidades, então a sua relação está a fazer mais mal que bem.

3. Gosta genuinamente do sue parceiro, e o seu parceiro parece gostar genuinamente de si? Se não gostam um do outro mutuamente, não devem estar juntos.

4. Sente uma atracão única pelo seu parceiro? Se não há aquela faísca, não vale a pena continuarem juntos.

5. O seu parceiro tem um comportamento que faz a relação demasiado difícil para que decida estar nela, e acha que o seu parceiro não tem vontade ou é incapaz de mudar? Os resultados contam mais que as intenções. Se o seu parceiro se comporta de maneiras intoleráveis para si, então está na hora de abandonar a relação. Tentar tolerar o intolerável só baixará a sua auto-estima.

6. Vê-se a si, quando olha para os olhos do seu parceiro? Se não sente uma forte compatibilidade como seu parceiro, estará certamente melhor com que a sinta.

7. Quer você, quer o seu parceiro respeitam-se mutuamente como indivíduos? Se não, significa que não existe respeito mútuo, significa altura de partir…

8. O seu parceiro significa um recurso tão importante para si, de uma maneira que sente como importante? Se o seu parceiro faz pouco para melhorar a sua vida e você não perde nada de importante por o abandonar, então abandone.

9. Será que a sua relação demonstra capacidade de perdoar e compreender? Se não conseguem perdoar as transgressões um do outro, então o ressentimento substituirá o amor pouco a pouco. Acabe com a relação antes que isso aconteça.

10. Você e o seu parceiro divertem-se juntos? Um relação não tem graça se estiver morta. Termine a relação.

11. Você e o seu parceiro tem objectivos e sonhos para o vosso futuro juntos? Se não planeiam passar o futuro juntos, algo está terrivelmente errado.

Estas questões servem para elucidar que as relações devem ser algo de positivo na vida, e não algo para fazer a vida inferior. No mínimo, deve sentir-se melhor numa relação do que fora dela! Mesmo que um rompimento leve a um divórcio complicado.
Isto não significa que ao menor problema se abandone a relação! Claro que uma relação não está sempre de “vento em poupa” e dá bastante trabalho. Uma relação requer esforço e compromisso de ambas as partes, e uma pessoa não pode ser a única responsável por uma relação que implica duas pessoas.

O importante é sentirem uma relação/casamento onde prospera o respeito mútuo, diversão, objectivos partilhados, tolerância, carinho, satisfação de necessidades, entre outros.

Importante também é não confundir a questão “ Devo ou não terminar a relação?” com a questão “Como conseguirei uma nova relação?”. Se está claro que a actual relação deve terminar, então termine-a. Depois de estar só de novo, poderá desenvolver novas capacidades essenciais para atrair um novo parceiro. Logo que termine uma relação douradora, é improvável que esteja numa posição de entrar numa nova relação. Por um lado, toda a gente à sua volta ainda a percepcionará como não disponível, por outro deverá dar tempo ao tempo para curar todas as mazelas resultantes da relação anterior.

Um bom diagnóstico também poderá ser chave para decidir que a relação é demasiado boa para a abandonar. Esta situação poderá durar a vida toda, ou poderá mudar em alguma altura. Não se podem controlar todas as variáveis. Mas pelo menos terá um método para decidir se se deve empenhar na relação no presente ou se deve fazer planos para a terminar.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Novas vidas

Lá vem o Outono, tanta gente se casou este Verão, momentos felizes, mas sempre com a esperança de começar algo melhor que tudo o que já se passou. É aquele marco! Os beijos serão mais apaixonados, os abraços mais ternos, as caminhadas de mão dadas serão mais auspiciosas, e até os sons e cores da natureza serão melhores, depois de se prometer um voto de confiança perante quem mais se ama, a quem mais se adora….

E agora?! Agora a luta constante para que se consiga tudo isto deixa de ser grande, vão todos voltar a viver em quatro paredes, dentro de Inverno gelado e de momentos de pouca partilha.

Viver a dois, é sentir a dois, é sentir sozinhos por dois… Continuar um momento de festa pode ser difícil, a vida de facto não é uma festa! Momentos como o dia do casamento não são momentos reais, são uma produção cara, dispendiosa e com muitos enfeites de ilusão.

Mas duas pessoas poderem encontrar fontes de amor e paixão uma na outra, isto sim são momentos a memorar! O importante é não se esquecerem de comemorar esta proeza diariamente; ao acordar, ao deitar e até ao passar por quem se ama com um sorriso - como se por um desconhecido/a passássemos, e sentíssemos aqueles pequenos momentos de magia de nos dão um arrepio na espinha - , estes momentos são perfeitamente possíveis de conseguir enquanto a festa da celebração do amor de duas pessoas continuar pela vida, com carinho devoção de uma vida a dois….